REDE VIA - News

Técnicos apontam que dois pilares centrais tinham ferros com espessura menor do que a necessária para que fossem resistentes. Os pilares ficavam próximos ao fosso do elevador, no térreo.

Os ferros que passam dentro dos pilares deveriam ter diâmetro de pelo menos 5 mm, mas tinham 4,2. Isso comprometeu a resistência, ainda de acordo com a equipe.

O documento foi elaborado pelo Centro de Perícias Científicas Renato Chaves, ligado à Secretaria de Segurança Pública do Pará, e será usado no inquérito aberto pela Polícia Civil.

O laudo aponta a causa do desabamento, mas não apresenta um culpado. O engenheiro responsável pelo cálculo estrutural, Raimundo Lobato, deverá prestar depoimento na próxima semana, segundo a polícia.

O prédio tinha 34 andares e 60 apartamentos, e a construção seria finalizada em dezembro deste ano. De acordo com a perícia, a altura do prédio exigia que a construtora Real Engenharia tivesse um conselho consultivo para avaliar o projeto.

A reportagem ainda não conseguiu localizar representantes da construtora.

O centro de perícias não viu problemas no cálculo das forças horizontais, como apontou há um mês um laudo desenvolvido pela Faculdade de Engenharia Civil da UFPA (Universidade Federal do Pará).